
Serei eu uma pessoa socialmente responsável?
Enquanto pessoa social que sou, não pode deixar de ser minha responsabilidade assegurar e preservar o bem-estar do outro, procurando diminuir as desigualdades, estabelecer a justiça e garantir a sustentabilidade.
Sou uma pessoa socialmente responsável, se...
...trato todos os outros como gostaria que me tratassem.
Não falo de abrires a porta, mas de segurares a porta. Falo da afabilidade, da disponibilidade, da atenção, da entreajuda. E, principalmente, do reconhecimento de que todos os outros também são cidadãos como tu. Portanto, cumprimentas todos, ofereces ajuda seja a quem for e importas-te com qualquer um. Estendes não só uma mão, como as duas!
...interrogo-me, pesquiso, discirno e uso a minha voz.
É a única forma de avançar. Não te contentes com o que vais ouvindo aqui e ali. Não vejas só um lado. Não apoies uma opinião comodamente.
[Interroga, pesquisa, discerne e depois…] Sê a voz de grandes e pequenas causas. Sê a voz que desconstrói. Sê a voz que denuncia. Sê a voz que sensibiliza. Sê a voz que não fica calada. Mas, acima de tudo, sê a voz que faz tudo isso sem faltar ao respeito.
...gasto o meu tempo com causas.
Faz voluntariado. Sim, regularmente. O teu dia tem 24 horas. A tua semana tem 168 horas. O teu mês tem 731 horas. O teu ano tem 9766 horas. Achas mesmo que não tens por aí umas horas livres?
Escolhe a tua causa social ou ambiental, encontra o teu lugar, define qual o teu tempo. Gasta-o. Gasta-te. O impacto poderá parecer pequeno aos teus olhos, mas será sempre benéfico e tudo seria bem mais equilibrado se todos se gastassem assim um pouco.
...contribuo sempre que posso e com tudo o que posso.
Os donativos, questão delicada. E questão que precisa de ser dedicada.
Infelizmente existem casos infelizes. Felizmente não são todos. Infelizmente projetos felizes são colocados em causa por culpa dos infelizes. Prefere arriscar na confiança e contribuir sempre. Faz donativos. Sejam monetários, sejam em bens, sejam no IRS, sejam de coisas que já não usas. Mas que sejam! E que não sejas tu a precisar.
...reduzo, rejeito, reparo, reutilizo e (por último) reciclo.
Até agora, ainda não é possível reciclar todo o lixo que produzes. Nem mesmo aquele que tu, e bem, colocas no ecoponto. O que fazer então? Menos lixo.
A melhor forma de reduzir o lixo é não chegar sequer a adquiri-lo. Atenta no que é possível reduzir. Rejeita o que puderes (como as palhinhas, copos, pratos ou talheres de plástico). Repara o que se estragou. Reutiliza vezes sem conta (sacos para compras, frutas e legumes incluídos). Quando NÃO HOUVER HIPÓTESE, recicla tudo.
...preocupo-me com a minha pegada ecológica, carbónica e hídrica.
Sem medo, mudanças pequenas e progressivas. Mas faz já uma lista!
Começa por saber mais sobre a família das pegadas, faz os cálculos, reflete nos teus hábitos e encara esta missão. Olha estes exemplos bem simples: utiliza mais os transportes públicos, sê seletivo nas marcas e nos produtos, reduz o consumo de carne, aproveita ao máximo a luz natural e aposta em energias renováveis e aparelhos de baixo consumo. É que esta Casa é Comum.
(Sou uma pessoa socialmente responsável, se planto tâmaras mesmo sabendo que não colherei tâmaras.)
Think social, change the rules!Rafaela de Melo
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