
A pobreza não tem de ser uma paisagem…
“A pobreza significa a falta de acesso num mundo pleno de oportunidades.”
(Vital Moreira, 2012)
O número de pedidos de ajuda aumenta de ano para ano, mas as políticas sociais não estão a ser eficazes… Os pobres ficam cada vez mais pobres, surgem os “novos pobres” e o número crescente de portugueses a viver no limiar da pobreza conduz muitos a uma vida pouco digna.
É frequente ouvir “Isso não me afecta!”. Mas a responsabilidade da qualidade de vida dos outros não será também nossa? Não seremos nós capazes de criar impacto nos outros?
Estima-se que em Portugal estejam 8000 pessoas em situação de sem-abrigo [1]. Porém, a multiplicidade de definições desta noção torna a quantificação impossível. O facto de vários indivíduos em situação de sem-abrigo não serem visualmente identificáveis e a dificuldade de acesso a muitos locais de pernoita (escolhidos por motivos de privacidade e/ou de proteção) são dois dos motivos.
Na Estratégia Nacional para os Sem-Abrigo, o conceito é definido como pessoa “que, independentemente da sua nacionalidade, idade, sexo, condição socioeconómica e condição de saúde física e mental, se encontra sem teto, a viver no espaço público, alojada em abrigo de emergência ou com paradeiro em local precário, ou sem casa, encontrando-se em alojamento temporário destinado para o efeito” [2].
Através desta categorização, os indivíduos em situação de sem-abrigo são representados, como um grupo homogéneo negando assim toda a panóplia de situações, comportamentos e vivências; são tomados como um “objeto único” conduzindo a uma desadequação entre o alvo das políticas e os sujeitos que sentem essas políticas.
Estas pessoas, que vivem na rua, não formam uma categoria à parte do resto da sociedade. Pelo contrário! Uma definição assente “no que estes sujeitos não têm” ofusca “o que eles têm”. Desta forma, o que “não têm” pode ser muito, mas não pode levar à desconsideração do que “eles têm”: sonhos, capacidades, valores, sentimentos.
E é isto mesmo que a Forall Phones valoriza! E porque procuramos criar impacto na sociedade e nos nossos clientes, entre novembro e dezembro do ano passado lançámos uma campanha de solidariedade social para a recolha de bens essenciais.
Na época natalícia apoiamos algumas associações de Lisboa com a entrega de mantas, roupas, cobertores e alimentos não perecíveis que foram distribuídos pelos indivíduos em situação de sem-abrigo da cidade.
A recolha foi realizada na nossa loja de Lisboa, mas durante todo o ano podes deixar o teu contributo, dirigindo-te diretamente às associações ou a pontos de recolha permanentes. Não te acomodes a esta paisagem, pois podes ser tu a fazer a diferença, por mais pequena que te pareça.
A Forall Phones promete continuar a lançar campanhas e iniciativas para mudar esta realidade!
Think Social, change the rules!
Rafaela de Melo
Fontes: [1] Diário de Notícias, [2] EAPN Lisboa
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